sábado, 6 de julho de 2013

A importancia do beijo.

06/07/2013 Comentando o “Se eu fosse você” A questão da semana é o caso da mulher que deseja ser beijada na boca pelo namorado, mas isso nunca acontece. O beijo tem uma história. Para o poeta Catulo (Roma – 82a.C. a 52 a.C) um beijo pode ser um ato solene ou uma carícia sexual profunda. Na França, uma sentença do Supremo Tribunal, de 1881, julgou o beijo crime de atentado ao pudor. Entretanto, inspirado numa peça da Broadway, Le Baiser (O beijo) é um dos primeiros hits da história do cinema. Mostra um beijo de língua. Autoridades médicas atentaram para os perigos da prática. Um leitor escreveu para o jornal Evening World protestando: - “Essa forma de devorar os lábios é insuportável. Mas em formato gigante é insustentável”. Em 1910 o cinema invadiu América e Europa. A duração dos beijos foi censurada, mais ainda quando a carícia envolvia a língua. Foram estabelecidas novas regras, que diminuíram o tempo médio do beijo de quatro segundos para um segundo e meio. Julgado escandaloso, mesmo na intimidade, o beijo na boca se generalizou no período entre as guerras. De repente, se tornou símbolo da paixão. Às vezes, o beijo desperta uma paixão instantânea, mas em alguns casos promove o efeito contrário: o desencanto amoroso. E ninguém sabe bem explicar por quê. Talvez seja mesmo uma questão de química pessoal e a resposta, meramente biológica. Segundo os cientistas, existem substâncias produzidas por glândulas sebáceas dentro da boca e nas bordas dos lábios que, passadas de uma pessoa para outra, provocariam intenso desejo sexual ou sensação de desagrado. Por tocar tão fundo na alma, apesar de desejado, o beijo também encerra a ideia de perigo. É sabido que as prostitutas se protegem do envolvimento amoroso com seus clientes se recusando a beijá-los. Há mais de dois mil anos, na Grécia, já se temiam as consequências do beijo. Xenofonte em Memoráveis faz seu mestre Sócrates dizer que o beijo de um belo rapaz é mais perigoso do que a picada de uma tarântula, porque o contato dos lábios com um jovem reduz instantaneamente à escravidão o mais velho que se arriscou a ele. Embora muita gente acredite que o beijo pode servir como termômetro do desejo sexual, nem sempre é assim. Muitos homens, por conta de uma ideologia machista, aprendem a dar valor somente às sensações de prazer sentidas no pênis, desprezando qualquer outra área do corpo. Trocar um beijo na boca demorado poderia também ter para alguns a conotação de estar se entregando demais à mulher e isso ser vivido como ameaça ao controle exercido no ato sexual.

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