domingo, 30 de dezembro de 2012

Próximos a morte, pacientes valorizam a AMIZADE!

" Desejaria ter ficado mais com meus amigos " é um dos cincos lamentos mais comuns dos que estão para morrer segundo a enfermeira australiana Bronnie Ware. A sensação de que se " perdeu tempo " por não desfrutar da amizade é frequente. Autora apresenta lições de vida em relatos de pacientes terminais Por falta de tempo ou pela distância, o afastamento de amigos parece inevitável. No cotidiano, o enfraquecimento dos laços de amizade pode até não ser notado. Porém, a proximidade da morte mostra o quanto esse relacionamento é importante. Alguns dos pacientes gostariam de voltar no tempo para poder ter longas conversas e estar na companhia de um amigo --mesmo que fosse para assistir um filme em silêncio ou ouvir música. "Sinto falta de meus amigos, acima de tudo", contou uma paciente. "Eu desejaria não ter perdido o contato com eles. Você imagina que seus amigos sempre estarão por perto. Mas a vida muda e, de repente, você se descobre sem ninguém neste mundo que lhe entenda ou saiba qualquer coisa de sua história". Com a intenção de expor ao mundo as lições que aprendeu prestando cuidados paliativos a pacientes terminais, Ware reuniu 17 relatos no livro "Antes de Partir". A publicação nasceu de um artigo escrito pela enfermeira, "Os Cinco Principais Lamentos dos que Vão Morrer". O texto, em poucos meses, ultrapassou 1 milhão de acessos. Para preservar a privacidade de amigos e parentes, os nomes foram alterados. Na introdução, a autora agradece as lições de vida que aprendeu nesse trabalho. O volume é dividido em cinco lamentos: "Desejaria Ter Tido Coragem de Viver uma Vida Verdadeira para Mim Mesma, Não a que os Outros Esperavam de Mim"; "Desejaria Não Ter Trabalhado Tanto"; "Desejaria Ter Tido Coragem de Expressar Meus Sentimentos"; "Desejaria Ter Ficado Mais em Contato com Meus Amigos"; "Desejaria Ter-me Permitido Ser Mais Feliz".

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Consumismo gera estresse no Natal

Para especialistas, consumismo gera estresse generalizado e faz Natal perder o significado Paradinha para ver a árvore de Natal do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, gera congestionamento À medida em que o Natal se aproxima, um certo caos parece se espalhar por todo o país. A confusão, nítida em especial nas grandes metrópoles, ocorre na forma de engarrafamentos, motoristas impacientes, filas nos estacionamentos dos shoppings, supermercados cheios, ruas abarrotadas e centros comerciais apinhados de gente ansiosa, apressada, irritada e, principalmente, doida para comprar. Que tal um Natal solidário? Conheça presentes que mudam a vida das pessoas Carta a Papai Noel vira símbolo consumista; instituição inglesa pede fim de tradição Segundo a psicóloga Suzy Camacho, comprar está relacionado à sensação de prazer. "Em períodos como o Natal, em que a compulsão por gastar aumenta, o bem-estar se intensifica. E tudo o que impede de obter essa sensação o mais rápido possível –filas nos caixas, trânsito, gente nos corredores dos shoppings– acaba irritando muito. E as pessoas se voltam umas contra as outras em um momento que deveria ser de respeito ao próximo, de confraternização, de pensar coletivamente", afirma. O estresse no período é tão intenso que as pessoas acabam se esquecendo que o Natal deveria ser um momento de confraternização. A data, para os cristãos, celebra o nascimento de Jesus Cristo. A tradição de presentear se origina na história dos três reis magos, que, segundo a Bíblia, levaram incenso, ouro e mirra ao visitarem o menino Jesus. No entanto, o ato de comprar e presentear deve ser repensado, segundo o psicólogo e teólogo Paulo Bessa, da Umesp (Universidade Metodista de Ensino Superior). "Muita gente compra coisas para mostrar um status e um estilo de vida que não tem", diz. Para ele, é impossível negar que vivemos em uma sociedade consumista e que a troca de presentes faz parte da natureza humana Se você não fez tudo o que queria em 2012, pense que logo mais vem um ano novo, diz psicóloga A mesma opinião é compartilhada por Helio Matar, diretor-presidente do Instituto Akatu, entidade com sede em São Paulo que prega o consumo consciente. "Se você gasta com uma roupa de marca, por exemplo, ou qualquer outro item caro com a finalidade de impressionar, está na hora de rever esses laços afetivos, pois a relação não parece calcada em amizade verdadeira". Para ele, mais vale um presente simples, mas adquirido com carinho e para que seja útil, do que algo que trará apenas suspiros de admiração. De acordo com a psicóloga Ana Maria Rossi, que é presidente da Isma Brasil (filial da International Stress Management Association), dezembro é mesmo um mês difícil. "Ao mesmo tempo em que a época convida à reflexão, provoca melancolia. As pessoas estão cansadas de tanto trabalhar ou estudar, e ainda por cima algumas empresas exigem que os colaboradores tracem metas para o próximo ano em um momento de esgotamento físico e mental", conta. Isso explica, em parte, porque muita gente entra no piloto automático e, embora deseje comemorar o Natal, vá buscar alívio para o desgaste no consumo –e acaba se aborrecendo ainda mais. Sobre o nervosismo generalizado de fim de ano, que só faz aumentar o estresse, o psicólogo Bessa conta que existem duas alternativas: tentar se isolar do trânsito e das lojas lotadas o máximo possível, optando por caminhos e horários alternativos, ou aceitar a confusão e encará-la como passageira. "Não se contamine. Se no seu trajeto há muitos enfeites de Natal, você já sai sabendo que ali o trânsito vai parar. Em vez de xingar, admire a decoração também e pense na quantidade de pessoas, crianças principalmente, que se encantam com aquilo tudo", declara. "E se você não fez tudo o que queria em 2012, outro motivo que costuma estar por trás da agressividade e do nervosismo nessa época, pense que logo mais vem um ano inteirinho em branco para tentar novamente", diz a presidente da Isma Brasil.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Conflito de raízes.

Na raiz de muitos conflitos e desequilíbrios juvenis, adultos, e até mesmo ressumando na velhice, as distonias tiveram origem — efeito de causa transata — no pe ríodo da gestação e posteriormente na infância, quando a figura da mãe dominadora e castradora, assim como do pai negligente, indiferente ou violento, frustrou os anseios de liberdade e de felicidade do ser. Todos nascem para ser livres e felizes. No entanto, pessoas emocionalmente enfermas, ante o próprio fracasso, transferem para os filhos aquilo que gostariam de conseguir, suas culpas e incapacidades, quando não descarregam todo o insucesso ou insegurança naqueles que vivem sob sua dependência. Esse infeliz recurso fere o cerne da criança, que se faz pusilânime, a fim de sobreviver ou leva-a a refugiar-se no ensimesmamento, na melancolia, sentindo-se vazia de afeto e objetivo de vida. Com o tempo, essas feridas purulam, impelindo a atitudes exóticas, a comportamentos instáveis, às fugas para o fumo, a droga, o álcool ou as diversões violentas, mediante as quais extravasam o ressentimento acumulado, ou mergulham no anestésico perigoso da depressão com altos reflexos na conduta sexual, incompleta, insatisfeita, alienadora... Qualquer ferida emocional cicatrizada pode reabrir-se de um para outro momento, porquanto não erradicada a causa desencadeadora, os tecidos psicológicos estarão muito frágeis, rompendo-se com facilidade, pela falta de resistência aos impactos enfrentados. Toda vez, portanto, que alguém sinta incompletude, insegurança, seja visitado pelos sentimentos inquietadores da insegurança, do medo, da raiva e da inveja injustificáveis, exceção feita aos estados patológicos profundos, as feridas da infância estão ainda abertas ou reabrindo-se, e necessitando com urgência de cicatrização. Amor, Imbatível Amor – Divaldo Franco – Joanna de Ângelis.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Joelmir Beting.

Luciano Pires A carta do filho de Joelmir Beting ao pai, que faleceu nesta madrugada: " Nunca falei com meu pai a respeito depois que o Palmeiras foi rebaixado. Sei que ele soube. Ou imaginou. Só sei que no primeiro domingo depois da queda para a Segunda pela segunda vez, seu Joelmir teve um derrame antes de ver a primeira partida depois do rebaixamento. Ele passou pela tomografia logo pela manhã. Em minutos o médico (corintianíssimo) disse que outro gigante não conseguiria se reerguer mais. No dia do retorno à segundona dos infernos meu pai começou a ir para o céu. As chances de recuperação de uma doença autoimune já não eram boas. Ficaram quase impossíveis com o que sangrou o cérebro privilegiado. Irrigado e arejado como poucos dos muitos que o conhecem e o reconhecem. Amado e querido pelos não poucos que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Meu pai. O melhor pai que um jornalista pode ser. O melhor jornalista que um filho pode ter como pai. Preciso dizer algo mais para o melhor Babbo do mundo que virou o melhor Nonno do Universo? Preciso. Mas não sei. Normalmente ele sabia tudo. Quando não sabia, inventava com a mesma categoria com que falava sobre o que sabia. Todo pai é assim para o filho. Mas um filho de jornalista que também é jornalista fica ainda mais órfão. Nunca vi meu pai como um super-herói. Apenas como um humano super. Só que jamais imaginei que ele pudesse ficar doente e fraco de carne. Nunca admiti que nós pudéssemos perder quem só nos fez ganhar. Por isso sempre acreditei no meu pai e no time dele. O nosso. Ele me ensinou tantas coisas que eu não sei. Uma que ficou é que nem todas as palavras precisam ser ditas. Devem ser apenas pensadas. Quem fala o que pensa não pensa no que fala. Quem sente o que fala nem precisa dizer. Mas hoje eu preciso agradecer pelos meus 46 anos. Pelos 49 de amor da minha mãe. Pelos 75 dele. Mais que tudo, pelo carinho das pessoas que o conhecem - logo gostam dele. Especialmente pelas pessoas que não o conhecem - e algumas choraram como se fosse um velho amigo. Uma coisa aprendi com você, Babbo. Antes de ser um grande jornalista é preciso ser uma grande pessoa. Com ele aprendi que não tenho de trabalhar para ser um grande profissional. Preciso tentar ser uma grande pessoa. Como você fez as duas coisas. Desculpem, mas não vou chorar. Choro por tudo. Por isso choro sempre pela família, Palmeiras, amores, dores, cores, canções. Mas não vou chorar por algo mais que tudo que existe no meu mundo que são meus pais. Meus pais (que também deveriam se chamar minhas mães) sempre foram presentes. Um regalo divino. Meu pai nunca me faltou mesmo ausente de tanto que trabalhou. Ele nunca me falta por que teve a mulher maravilhosa que é dona Lucila. Segundo seu Joelmir, a segunda maior coisa da vida dele. Que a primeira sempre foi o amor que ele sentiu por ela desde 1960. Quando se conheceram na rádio 9 de julho. Onde fizeram família. Meu irmão e eu. Filhos do rádio. Filhos de um jornalista econômico pioneiro e respeitado, de um âncora de TV reconhecido e inovador, de um mestre de comunicação brilhante e trabalhador. Meu pai. Eu sempre soube que jamais seria no ofício algo nem perto do que ele foi. Por que raros foram tão bons na área dele. Raríssimos foram tão bons pais como ele. Rarésimos foram tão bons maridos. Rarissíssimos foram tão boas pessoas. E não existe outra palavra inventada para falar quão raro e caro palmeirense ele foi. (Mas sempre é bom lembrar que palmeirenses não se comparam. Não são mais. Não são menos. São Palmeiras. Basta). Como ele um dia disse no anúncio da nova arena, em 2007, como esteve escrito no vestiário do Palmeiras no Palestra, de 2008 até a reforma: - "Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense É simplesmente impossível!". A ausência dele não tem nome. Mas a presença dele ilumina de um modo que eu jamais vou saber descrever. Como jamais saberei escrever o que ele é. Como todo pai de toda pessoa. Mais ainda quando é um pai que sabia em 40 segundos descrever o que era o Brasil. E quase sempre conseguia. Não vou ficar mais 40 frases tentando descrever o que pude sentir por 46 anos. Explicar quem é Joelmir Beting é desnecessário. Explicar o que é meu pai não estar mais neste mundo é impossível. Nonno, obrigado por amar a Nonna. Nonna, obrigado por amar o Nonno. Os filhos desse amor jamais serão órfãos. Como oficialmente eu soube agora, 1h15 desta quinta-feira, 29 de novembro. 32 anos e uma semana depois da morte de meu Nonno, pai da minha guerreira Lucila. Joelmir José Beting foi encontrar o Pai da Bola Waldemar Fiume nesta quinta-feira, 0h55." Mauro Beting

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