quarta-feira, 21 de julho de 2010

Goleiro Bruno.

As mulheres acham o Kaká e o Cristiano Ronaldo lindos de morrer. Elas deveriam conheçer o goleiro Bruno... ele é de matar!

Destaque do Brasileirão 2010 é o goleiro Bruno! Está sendo sondado por Bangú 1 e Bangú 2 para um possível contrato de 30 anos!

Goleiro Bruno vai mudar de esporte. Vai pro XADREZ

Bruno do Flamengo dispensa advogado alegando que, como ele é goleiro, fará sua própria defesa.

Goleiro Bruno na cadeia: nunca um ídolo do Flamengo esteve tão próximo da sua torcida.

Fase do mata-mata: Cristiano Ronaldo mata no peito, Luís Fabiano no braço, Felipe Melo no campo e o Goleiro Bruno no sítio.

Estão fazendo tempestade em copo d'água no caso do goleiro Bruno. Quem aqui nunca desossou e concretou o corpo de uma amante, cara?

Tudo indica que o goleiro Bruno teve um sentimento de atração pelo basquete que foi reprimido na infância. O resultado foi uma enterrada.

A receita é simples: o polvo profeta mostra quem ganha e Mick Jagger mostra quem perde, Goleiro Bruno já matou essa charada faz tempo.

Presos irão comer Macarrão com o goleiro Bruno.

Qual a diferença entre o Ronaldo e o Bruno? O que não mata, engorda.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vale a pena ser um Dunga na carreira?

Na vida, você pode perder ou ganhar. Além da competência e do preparo, há diversos fatores que precisam ser considerados, como sorte, acaso, coincidência etc. Na política, por exemplo, quantos vices que não teriam a mínima chance de ocupar a cadeira de presidente ou de governador acabaram chegando lá. Só para relembrar, podemos citar os casos de Sarney com a morte de Tancredo, Itamar com o impeachment de Collor e de Alckmin com a morte de Covas.


No esporte, a presença dos aspectos fortuitos é ainda mais gritante. Na Copa do Mundo, por exemplo, quando existe diferença técnica acentuada entre os times, dificilmente a sorte e o acaso poderão interferir. Nos jogos entre seleções com o mesmo peso, entretanto, o detalhe inesperado faz a diferença. Por isso é um jogo que precisa ser jogado. Caso contrário bastaria entregar a taça àquele considerado melhor.

Lembra do jogo entre Brasil e Inglaterra na copa de 2002? Aquele timaço do Felipão também talvez tivesse ficado nas quartas de final se não fosse o gol de falta do Ronaldinho do meio da rua –acho que a mais de 40 metros. Se ele chutar mil bolas como aquela não vai repetir o gol. E assim tantos outros lances casuais que mudaram a história das Copas.

Fiz todo esse preâmbulo para dizer que Dunga é meu ídolo! Fazer uma afirmação como essa hoje, depois de o Brasil ter saído tão cedo da Copa do Mundo, parece heresia. Afinal, Dunga virou saco de pancada preferido da maioria. Burro, incompetente, despreparado, grosseiro são alguns dos adjetivos mais comuns ouvidos nos botecos, salas de aula e programas esportivos do rádio ou televisão.

Em sala de aula e nas palestras, tenho tido o topete de dar minha opinião que contraria o sentimento geral. É uma loucura, só falta jogarem tomate na minha cabeça. Começam com um “você não está falando sério”, até terminar com semblantes contrariados. Meu consolo é que alguns na aula seguinte dizem que refletiram melhor e até acham que tenho razão em certos pontos.

Bem, você deve estar curioso para saber por que defendo uma ideia tão antipática. É uma questão de coerência para o que sempre defendi na vida –seriedade, trabalho e competência. Gosto de gente focada em suas tarefas e comprometida com resultados.

Um dia antes do jogo do Brasil com a Holanda, Dunga tinha 70% de aprovação do povo brasileiro (Datafolha). O time canarinho fez um primeiro tempo mágico, excepcional, digno de constar em livro. Por pouco não fez o segundo e o terceiro gols. Foi um passeio no time holandês.

No segundo tempo, de um lance fortuito, uma fatalidade, de uma jogada que enganou o melhor goleiro do mundo e bateu na cabeça do defensor, saiu o gol de empate e desestabilizou o time. Quero ver quem não ficaria atordoado com um gol daqueles. Pouco depois saiu o segundo gol, também de cabeça. Ironia do destino, pois esse era um dos melhores fundamentos da nossa excelente seleção.

Perdemos. Coisa de futebol. Como eu disse, entre times de qualidade semelhante o resultado fica por conta de detalhes inesperados. Os críticos, principalmente parte da imprensa raivosa, espinafraram o técnico. Se tivéssemos vencido, o que seria natural, estariam todos agora enaltecendo os princípios adotados por Dunga.

Uma jogada infeliz e a “ farândola ignóbil ”, como diria o príncipe dos advogados Waldir Troncoso Perez, coloca os demônios para fora tentando encontrar um culpado. O que me deixa atônito é o fato de alguns jogadores e jornalistas que vivem há décadas no meio futebolístico reagirem emocionalmente como se os resultados tivessem de ser matemáticos.

Certas pessoas dizem que faltou liderança ao técnico. Pergunte ao Júlio César, Kaká, Lúcio se eles não gostam do Dunga. Todos o elogiam. Não acredito que alguém possa dizer que esses jogadores sejam mentirosos, inexperientes, incompetentes, levianos. Se conviveram com Dunga durante todo esse tempo, acatando suas orientações, e o admiram algum motivo existe.

Sei que pode parecer delírio, mas eu permaneceria com o mesmo técnico e a mesma filosofia de trabalho para a Copa de 2014 aqui no Brasil. Assim como acontece com os clubes, quando não ganham, o primeiro a ser sacrificado é o técnico. Só para recordar: depois da derrota do Brasil em Copas passadas caíram de pau em cima do Feola, Zagalo, Lazaroni, Parreira, Cláudio Coutinho. Não sobrou um. Com Dunga não seria diferente.

Ah, e se o goleiro Casillas da Espanha não tira com a pontinha do pé aquela bola que já estava entrando, chutada cara a cara pelo atacante holandês, a história da copa de 2010 seria outra. Pois é, são os detalhes que mudam o rumo dos jogos entre seleções com qualidade técnica parecida.

Agora vamos esquecer os jogos da Copa e começar a conviver com os embates políticos. Muito mais sérios e importantes que um jogo de futebol. Por incrível que pareça, também nesse caso, os detalhes poderão ser responsáveis pela vitória ou derrota do candidato.

Uma frase mal formulada, uma reação inesperada, uma afirmação infeliz poderá determinar o resultado das eleições e fazer com que o eleito seja o responsável pelos destinos da nossa nação por quatro ou oito anos. Que vença o melhor para o Brasil.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Por que, porque, por quê ou porquê?

O uso correto segundo a gramática

Por que (separado, sem acento)
Utiliza-se nas interrogativas, sejam diretas ou indiretas. É um advérbio interrogativo. Exemplos:

Por que ele foi embora? (interrogativa direta)
Queremos saber por que ele foi embora. (interrogativa indireta)

Dica: Coloque a palavra " motivo " ou " razão " depois de " por que ".
Se der certo, escreva separado, sem acento.
Queremos saber por que motivo ele foi embora.

Por que pode também equivaler a pelo qual, pela qual pelos quais, pelas quais, sendo o que, nesse caso, um pronome relativo.

Exemplo:

Aquele é o quadro por que ela se apaixonou.

Dica: Substitua por que por " pelo qual, pelos quais, pela qual ou pelas quais: "
Aquele é o quadro pelo qual ela se apaixonou.

Porque ( junto, sem acento )
Estabelece uma causa. É uma conjunção subordinativa causal, ou coordenativa explicativa. Exemplos:

Ele foi embora porque cansou daqui.
Não vá porque você é útil aqui.

Dica: Substitua porque por " pois ".
Ele foi embora pois se cansou daqui.

Também utiliza-se porque com o sentido de " para que ", introduzindo uma finalidade:
Ele mentiu porque o deixassem sossegado.

Por quê ( separado, com acento )
Em final de frase ou quando a expressão estiver isolada, usa-se por quê.
Exemplos:

Ele foi embora por quê?
Você é a favor ou contra? Por quê?

Porquê ( junto, com acento )
Equivalendo a causa, motivo, razão, porquê é um substantivo. Neste caso ele é precedido pelo artigo o. Exemplo:

Não quero saber o porquê de sua recusa.

Dica: Substitua " porquê " por " motivo ".
Não quero saber o motivo de sua recusa.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Irena Sendler morreu. Sabes quem era???

Nem sempre o prémio é atribuído a quem mais o merece...

Uma senhora de 98 anos chamada Irena faleceu há pouco tempo.

Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.

Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazistas relativamente aos judeus (sendo alemã!)

Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de sarapilheira na parte de trás da sua caminhoneta ( para crianças de maior tamanho ). Também levava na parte de trás da caminhoneta um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto.

Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.

Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.

Por fim os nazistas apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas, braços e prenderam-na brutalmente.

Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.

Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.

No ano passado foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz... mas não foi selecionada. Quem o recebeu foi Al Gore por uns dispositivos sobre o Aquecimento Global.

Não permitamos que alguma vez esta Senhora seja esquecida!!

Estou transportando o meu grão de areia, reenviando esta mensagem. Espero que faças o mesmo.


Passaram já mais de 60 anos, desde que terminou a 2ª Guerra Mundial na Europa. Este e-mail está a se reenviando como uma cadeia comemorativa, em memória dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos e 1.900 sacerdotes católicos que foram assassinados, massacrados, violados, mortos à fome e humilhados com os povos da Alemanha e Rússia olhando para o outro lado.

Agora, mais do que nunca, com o Iraque, Irã e outros proclamando que O Holocausto é um mito, é imperativo assegurar que o Mundo nunca esqueça.

A intenção deste e-mail é chegar a 40 milhões de pessoas em todo o mundo
Une-te a nós e sê mais um elo desta cadeia comemorativa e ajuda a distribuí-la por todo o mundo..

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O sucesso é ser feliz!

1. Seja ético.

A vitória que vale a pena é a que aumenta sua dignidade e reafirma valores profundos. Pisar nos outros para subir desperta o desejo de vingança.

2. Estude sempre e muito. A glória pertence aquele que tem um trabalho especial para oferecer.

3. Acredite sempre no amor. Não fomos feitos para a solidão. Se você está sofrendo por amor, ou está com a pessoa errada ou amando de uma forma ruim para você. Caso tenha se separado, curta a dor, mas se abra para outro amor.

4. Seja grato a quem participa das suas conquistas. O verdadeiro campeão sabe que as vitórias são alimentadas pelo trabalho em equipe. Agradecer e a melhor maneira de deixar todos motivados.

5. Eleve suas expectativas. Pessoas com sonhos grandes obtem energia para crescer. Os perdedores dizem: "Isso não é para nós". Os vencedores pensam em como realizar seu objetivo.

6. Curta muito a sua companhia. Casamento dá certo para quem não é dependente. Aprenda a viver feliz mesmo sem uma pessoa ao lado. Se não tiver com quem ir ao cinema, vá com a pessoa mais fascinante: você!

7. Tenhas metas claras. A história da humanidade é cheia de vidas desperdiçadas. Amores que não geram relações enriquecedoras, talentos que não levam a carreiras de sucesso. Ter objetivos evita o desperdicio de tempo, energia e dinheiro.

8. Cuide bem do seu corpo. Alimentação, sono e exercicios sao fundamentais para uma vida saudável. Seu corpo é seu templo. Gostar da gente deixa as portas abertas para que os outros gostem de você também.

9. Declare o seu amor. Cada vez mais as pessoas devem exercer seu direito de buscar o que querem (sobretudo no amor), mas atencao: elegância e bom senso são fundamentais.

10. Amplie os relacionamentos profissionais. Os amigos são a melhor referência em crises e a melhor fonte de oportunidades na expansão. Ter bons contatos é essencial em momentos decisivos.

11. Seja simples. Retire de sua vida tudo o que lhe da trabalho e preocupação desnecessários. Crie espaço para desfrutar mais a viagem da vida.

12. Mulher, nao imite o modelo masculino. Os homens fizeram sucesso a custa da solidão e da restrição aos sentimentos. O preço tem sido alto: infartos e suicidios. Sem duvidas, temos mais a aprender com as mulheres do que vocês conosco. Preserve a sensibilidade feminina - e mais natural e lucrativa.

13. Tenha um orientador. Viver e decidir na neblina sabendo que o resultado só será conhecido quando pouco restar a fazer. Procure alguem de confiança, de preferência mais experiente e bem sucedido, para lhe orientar nas indecisões.

14. Jogue fora o vicio da preocupação. Viver tenso e estressado está virando moda. Parece que ser competente e estar de bem com a vida sao coisas incompativeis. Bobagem! Defina suas metas, conquiste-as e deixe a neura para quem gosta dela!

15. O amor é um jogo cooperativo. Se vocês estão juntos, é para jogar no mesmo time. Ficar mostrando dificuldades do outro ou lembrando suas fraquezas para os amigos não tem graça.

16. Tenha amigos vencedores. Campeões falam com campeões. Perdedores só tocam na tecla perdedores.

Aproxime-se de pessoas com alegria de viver e afaste-se de gente baixo-astral.

17. Diga adeus a quem não merece. Alimentar relacionamentos que só trazem sofrimento e masoquismo, atrapalha sua vida. Se você tiver um conjuge que não esteja usando, empreste, venda, alugue, doe e deixe espaço livre para um novo amor.

18. Resolva. A pessoa do proximo milenio vai limpar de sua vida as situacões e os problemas desnecessarios. Saiba tomar decisões, mesmo as antipáticas. Você otimizara seu tempo e seu trabalho. A vida fluirá muito melhor.

19. Aceite o ritmo do amor. Assim como ninguem vai empolgadissimo todos os dias para o trabalho, ninguém está sempre no auge da paixão. Cobrar de si e do outro viver nas nuvens é o comeco de muita frustração.

20. Celebre as vitórias. Compartilhe o sucesso, mesmo pequenas conquistas, com pessoas queridas. Grite, chore, encha-se de energia para os desafios seguintes.

21. Perdoe. Se voce quer continuar com uma pessoa, enterre o passado para viver feliz. Todo mundo erra, a gente também.

22. Arrisque! O amor não é para covardes. Quem fica a noite em casa sozinho só terá de decidir que pizza pedir. é o único risco que corre será o de engordar.

23. Tenha uma vida espiritual. Conversar com Deus é o máximo, especialmente para agradecer. Ore antes de dormir. Faz bem ao sono e a alma. Oração, meditação são forças de inspiração.

Roberto Shinyashiki

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Uma grande lição!

Texto de um Pastor Evangélico

UMA GRANDE LIÇÃO

No episódio envolvendo os jogadores do Santos numa visita ao Lar Espírita Mensageiros da Luz, que cuida de crianças com paralisia cerebral para entregar ovos de Páscoa, uma parte dos atletas, entre eles, Robinho, Neymar, Ganso e Fabio Costa, se recusou a entrar na entidade e preferiu ficar dentro do ônibus do clube, sob a alegação que são evangélicos e não sabiam que se tratava de uma casa espírita.


Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé.

A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.

Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno, ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo, ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixam de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.

Mas quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas.

E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz. Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina - ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia cerebral.


Ed. René Kivitz, cristão, pastor evangélico.

A arte de desapego.

Vende-se Tudo

Por Martha Medeiros

No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:

- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.

- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.

Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.

Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas.

Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu. No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.

Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material. Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo. Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida…

Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile. Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.
Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde. Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza….só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir, é melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!

Não são as coisas que possuímos ou compramos que representam riqueza ou plenitude.

São as dádivas especiais que não tem preço, como família, amigos e saúde.

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